GSOM – Distribuição Digital – Relatório Novembro/2020
Cada dia que passa fica mais claro que o ambiente da distribuição digital 2020 é uma grande teia que envolve dois pontos principais:
● Metadata Do Fonograma (De responsabilidade do produtor fonográfico)
● Metadata Da Composição (De responsabilidade conjunta do produtor fonográfico e da editora/autor)
Se o produtor fonográfico, editora, autor e artista não estiverem na mesma página, este dinheiro não flui por um simples motivo: um depende do outro.
Em uma das principais áreas do nosso trabalho, nos deparamos com auditorias que parecem um filme do Indiana Jones e a busca por pistas para os recimentos do digital é uma verdadeira caça.
O primeiro ponto que precisa ser notado é: o dinheiro existe ou não existe.
1 Milhão de plays no Youtube pode significar um bom valor para o fonograma, mas não muito dinheiro para um autor, afinal a porcentagem do autoral no digital é cerca de 10% do valor do fonograma.
Hoje em para uma conta de aproximação, nada oficial e pura referência utilizamos o número de 0.0013 Dólares para cada play no Youtube. Portanto para imaginar o valor da obra, é necessário adicionar um zero a direita para chegar em uma estimativa.
Duas questões surgem deste exercício:
● A faixa está monetizada (através da distribuidora ou de um contrato direto com o Youtube) desde o primeiro play?
● O autor está trabalhando com uma editora que está capacitada a recolher direitos no digital?
Um dos questionamentos mais recorrentes para a equipe da GSOM é: eu tenho dinheiro para receber? E para uma análise completa da vida do produtor fonográfico, intérprete e autor, precisamos de um raio x da situação sota, debruçar em demonstrativos, comparar números públicos do Spotify, Youtube e outros, questionar absolutamente todos os envolvidos e chegar em uma conclusão.
A maioria das vezes a notícia é ruim. A verdade é que a distribuição digital descentralizou alguns pontos, mas o controle da situação raramente está na mão do produtor fonográfico, do intérprete e do autor.